Arrancou na capital da Arábia Saudita, Riade, nesta segunda-feira (02), a conferência da ONU sobre a desertificação. Em causa os alertas de peritos sobre as graves consequências da desflorestação e da agricultura intensiva para o planeta.

Segundo uma publicação da RFI, até 13 de Dezembro Riade acolhe a décima sexta edição deste fórum com António Guterres, secretário-geral da ONU, a qualificar este contexto como de “momento decisivo” no combate à seca e ao avanço dos desertos.

Estima-se que 40% das terras cultivadas estariam degradadas, o que afectaria metade da humanidade.

A segurança mundial está, mesmo, em causa, “não apenas em África e no Médio Oriente”, garantiu Ibrahim Thiaw, secretário executivo da Convenção da ONU de luta contra a desertificação, na abertura dos trabalhos.

Até ao fim da década seria necessário restaurar 1,5 mil milhões de hectares de terrenos, um desafio enorme à escala mundial.

E isto de acordo com um novo relatório científico que aponta o dedo ao fardo que a agricultura representa para o planeta.

A Arábia Saudita, principal exportador mundial de petróleo, embora criticada pelas emissões de dióxido de carbono geradas pela sua economia, é extremamente vulnerável face à desertificação, o que lhe poderia dar maior credibilidade nas negociações desta conferência das partes.

(Foto DR)