O Banco Mundial anunciou uma nova estratégia que visa aumentar as oportunidades económicas para as mulheres e permitir a sua participação na economia global através da protecção social e do acesso à banda larga e ao capital.
Segundo uma publicação do jornal Negócios, a Estratégia de Género 2030, revelada durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, a decorrer em Washington, estabeleceu metas até 2030 que visam permitir que mais 300 milhões de mulheres utilizem a Internet de banda larga, desbloqueando serviços essenciais, serviços financeiros, educação e oportunidades de emprego.
Pretende também apoiar 250 milhões de mulheres com programas de protecção social, concentrando-se especialmente nas mais pobres e vulneráveis. E ainda fornecer capital a mais 80 milhões de mulheres e empresas lideradas por mulheres, abordando uma restrição crítica ao crescimento do empreendedorismo.
“Quando aumentamos a participação económica das mulheres, isso não só impulsiona a economia global, como também fortalece as famílias e as comunidades “, afirma Ajay Banga, presidente do Grupo Banco Mundial, em comunicado citado pelo jornal Negócios, salientando que através da capacitação económica, estamos a construir uma escada para sair da pobreza e a estender a esperança e a dignidade o mais longe possível”.
Para atingir estes objectivos, o Banco vai centrar-se em promover mudanças sustentáveis e a longo prazo. Na área do acesso à banda larga, vai dar prioridade a investimentos em países com as maiores lacunas de conectividade e financeiras, dando ênfase à igualdade de género na inclusão digital. Também vai promover reformas políticas para facilitar o investimento privado e construir infra-estruturas em áreas mal servidas.
Para expandir os programas de protecção social, vai investir em registos sociais digitais, que são essenciais para melhorar a eficiência, reduzir as barreiras burocráticas e garantir assistência direta às mulheres, refere a instituição. Também irá também alavancar as transferências digitais de dinheiro, associando-as à formação de competências, ao capital empresarial, ao acompanhamento e ao acesso ao mercado, para dotar as mulheres de ferramentas que lhes permitam ter oportunidades económicas sustentáveis para além do apoio financeiro temporário.
Além disso, para reforçar o acesso ao capital para mulheres e empresas lideradas por mulheres, o Banco irá colaborar com reguladores, instituições financeiras, empresas de fintech, incubadoras, aceleradoras e fundos de capital privado para evitar preconceitos de género nas práticas de empréstimo, reforçar a capacidade das mulheres empresárias e melhorar o acesso ao crédito e ao capital próprio.
Ao trabalhar em colaboração com instituições financeiras de desenvolvimento e investidores, vai também mobilizar recursos através de obrigações de género e outros instrumentos financeiros.
(Foto DR)
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