A China anunciou o fim das restrições ao capital de fora em áreas como a saúde e a indústria transformadora para combater a diminuição de investimento estrangeiro que se tem sentido, e dar um novo fôlego à economia.
A lista de sectores onde a China não permite investimento estrangeiro voltou a ser encurtada. Este domingo (08), Pequim anunciou a abertura de duas áreas: na indústria transformadora deixa de haver qualquer restrição ao investimento de fora e na área da saúde passam a ser permitidos hospitais totalmente detidos por empresas estrangeiras em nove zonas do país.
Assim, segundo uma publicação do jornal português “Negócios”, a lista de sectores condicionados passa de 31 para 29. As mudanças entram em vigor a 1 de Novembro e reflectem o mais recente esforço da China para atrair investimento e dar gás à economia.
A nova “lista negativa para o acesso a investimento estrangeiro” – como descreve a Xinhua – foi anunciada pelo Ministério chinês do Comércio e pela Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma (CDNR), que diz ser um “importante passo para construir um novo sistema para uma economia aberta de nível superior”.
Deste modo, Pequim retira as últimas restrições em vigor na indústria transformadora, sendo que as que restavam já eram de pequena dimensão. Por exemplo, deixa de ser obrigatório um controlo maioritário chinês em fábricas que fazem impressões e passa a poder haver investimento estrangeiro na produção de medicamentos chineses à base de plantas.
Na calha fica a abertura do sector dos serviços, com as autoridades a comprometerem-se com uma revisão das políticas actuais.
A grande novidade está mesmo na saúde, com nove zonas do país autorizadas a receber hospitais totalmente detidos por estrangeiros: Pequim, Tianjin, Xangai, Nanjing, Suzhou, Fuzhou, Cantão, Shenzhen e Hainão. No entanto, os hospitais de medicina tradicional chinesa continuam a não poder ser comprados.
O capital estrangeiro passa também a ser permitido no desenvolvimento e aplicação de tecnologia médica, incluindo na área das células estaminais e diagnósticos e tratamentos genéticos para as províncias de Pequim, Xangai, Guangdong e Hainão.
O investimento estrangeiro directo na China tem vindo a cair. Nos primeiros cinco meses do ano, o país atraiu 56,8 mil milhões de dólares, menos 28,2% que no período homólogo.
(Foto DR)
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