A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a maior entidade patronal no país, reitera que a queda do volume de importações e exportações, que se regista nos últimos tempos, deve-se às novas medidas de restrição cambial impostas pelo Banco de Moçambique (BdM), embora o mesmo sector empresarial reconheça que o país regista uma estabilidade cambial assinalável.
“Apesar da estabilidade cambial, o aumento das reservas internacionais líquidas para suportar importações de bens e serviços, o agravamento do acesso a divisas no mercado nacional tem sido um factor negativo que influencia nas transacções”, referiu o presidente da CTA, Agostinho Vuma, na 15.ª edição do Economic Briefing, que teve lugar ontem, quarta-feira (14), em Maputo.
Para Agostinho Vuma, a redução da disponibilidade de divisas no mercado nacional influenciou substancialmente a queda de exportações, pagamento de facturas de importação efectuadas pelas empresas nacionais, entre outros.
“Na tendência de volume de importações como se pode provar com a queda média mensal de 2,3% de Janeiro a Fevereiro, e de 25% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o período homólogo de 2023”, acrescentou o responsável, citado pela AIM, sublinhando que a base de geração da moeda exterior são as exportações que no seu entender mostram fragilidades.
Entretanto, com excepção dos grandes projectos, a cobertura das exportações sobre importações situa-se aos 20%, daí que o défice da oferta sem os grandes projectos atinge a fasquia de 80%.
(Foto DR)
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