Líderes europeus insistem na união dos mercados de capitais

Líderes europeus insistem na união dos mercados de capitais

Os líderes das principais instituições europeias – Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Parlamento Europeu e Eurogrupo – insistem que a criação da união de mercado de capitais na União Europeia (UE) é essencial para a competitividade europeia.

Num artigo de opinião publicado nesta sexta-feira, 10 de Março, no Diário de Notícias e citado pelo jornal Negócios, Ursula von der Leyen, Christine Lagarde, Charles Michel e Paschal Donohoe consideram que para acelerar a transição ecológica e digital na UE envolve “necessidades de financiamento gigantescas e a parte de leão terá de provir do capital privado”.

“O papel do investimento público é dar orientações estratégicas e criar incentivos para um afluxo maciço de capitais privados, inclusive – mas não só – através da participação do Grupo do Banco Europeu de Investimento e dos bancos de fomento nacionais”, afirmam.

Destacando que há 30 anos que “o mercado único tem apoiado a prosperidade da Europa” e que a união económica e monetária tem sido “um motor adicional da integração do mercado”, os quatro líderes europeus admitem que a UE tem sido “demasiado lenta” num “elemento essencial: a União dos Mercados de Capitais”.

“Actualmente, o grosso do financiamento dos investimentos na Europa provém dos bancos. Mas os bancos não podem sozinhos ajudar a UE a ganhar a corrida mundial aos investimentos, especialmente em comparação com os EUA. Na UE, os créditos bancários representam 75% dos empréstimos contraídos pelas empresas e os mercados obrigacionistas 25 % — ao passo que nos EUA acontece precisamente o inverso”, afirmam.

“É nossa responsabilidade assegurar que as empresas europeias tenham aqui, na UE, as oportunidades de financiamento que procuram. Precisamos de uma União dos Mercados de Capitais que canalize as avultadas poupanças da Europa para os motores do crescimento de amanhã”, sublinham.

Por isso, von der Leyen, Lagarde, Michel e Donohoe defendem que é necessário “superar a actual diversidade dos quadros nacionais e, em alguns casos, de mercados de capitais pouco desenvolvidos, a fim de tirar pleno partido do seu potencial”. Desta forma, consideram “promover-se-á a UE enquanto destino de investimento e o euro passará a ser uma moeda ainda mais atractiva”.

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