“Europa poderá enfrentar vários invernos de escassez de gás”

“Europa poderá enfrentar vários invernos de escassez de gás”

A Europa poderá enfrentar vários invernos de escassez de gás em resultado dos cortes nos fornecimentos russos, disse hoje o Chefe do Executivo da Shell, Ben van Beurden, numa conferência de imprensa na Noruega.

“Pode muito bem acontecer que durante vários invernos tenhamos de encontrar de alguma forma soluções”, disse van Beurden, citado pela “Reuters” e pelo jornal Económico.

A guerra na Ucrânia forçou vários Estados-membros da UE a procurarem alternativas ao fornecimento de gás russo, dado que uma grande parte se encontrava fortemente dependente de Moscovo, que anteriormente assegurava o fornecimento de 40% do gás usado no bloco.

Os preços de fontes alternativas de gás subiram como resultado, e alguns países estão a adoptar medidas de economia de energia, entre os quais Portugal.

França está a negociar com o Governo da Argélia, através da Engie, um aumento de 50% do fornecimento de gás, em antecipação ao inverno, devido à escassez de energia causada pela guerra da Ucrânia.

Na comitiva do Presidente Macron na visita a Argel e Oran estava a presidente executiva (CEO) da Engie, Catherine McGregor, que se reuniu com o ministro argelino da Energia e Minas e com a Sonatrach, empresa argelina de petróleo e de gás.

Na semana passada, a “BBC” avançou que a Rússia estava a queimar 4,34 milhões de metros cúbicos de gás natural todos os dias, que, em condições normais, seriam exportados para a Alemanha.

O centro de investigação independente Rystad Energy adianta que a central de gás natural liquefeito (GNL) em Portovaya, a noroeste de São Petersburgo, estava a queimar o equivalente à perto de dez milhões de dólares em gasolina diariamente.

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