O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a defender a proibição global de vistos para cidadãos russos, alegando ser uma medida “justa” e pedindo aos aliados europeus para que a executem.
“Deve haver uma garantia de que os assassinos e facilitadores russos do terrorismo de Estado não usarão Schengen. (…) Não se pode destruir a própria ideia de Europa, os nossos valores europeus comuns (…)”, disse o chefe de Estado ucraniano.
Zelensky voltou a defender a sua proposta de proibição de vistos para cidadãos russos que viajam para a Europa em turismo, entretenimento ou negócios, depois de vários membros da União Europeia (UE) terem aberto o debate sobre o tema.
O Governo estoniano já anunciou que vai deixar de conceder vistos a turistas que chegam da Rússia, detalhando que o número de cidadãos russos que atravessam o país aumentou de forma maciça.
No entanto, Zelensky destacou a importância de oferecer vistos para aqueles cidadãos que arriscam as suas vidas, se continuarem em território russo.
“Claro, todos nós percebemos: há pessoas que realmente precisam de proteção, que são perseguidas na Rússia, podem até ser mortas e, portanto, devem receber ajuda do mundo civilizado”, disse.
Para o presidente ucraniano, apenas deveriam ser ajudados os refugiados ou aqueles que pedem asilo.
“É para aqueles que lutam, para aqueles que são perseguidos. Isso não deveria aplicar-se ao resto dos cidadãos russos”, salientou.
Zelensky propôs a proibição de visto numa entrevista ao “The Washington Post”, na qual observou que muitos russos estavam a entrar por terra na UE, apesar das proibições de voos impostas pelos 27 Estados-membros no início da guerra. (Noam)
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