Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Monkeypox como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta, quando estão notificados mais de 16 mil casos em 75 países.
“Temos um surto que se está a espalhar rapidamente à volta do mundo, do qual sabemos muito pouco e que cumpre os critérios dos regulamentos internacionais de saúde”, adiantou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa, após a reunião do Comité de Emergência para avaliar a evolução da doença no mundo.
Perante isso, Tedros Adhanom Ghebreyesus anunciou que “o surto global de Monkeypox representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, estabelecendo recomendações para quatro grupos de países.
O primeiro desses grupos inclui os países que ainda não reportaram casos de Monkeypox ou que não têm registo de contágios há mais de 21 dias, adiantou o diretor-geral da OMS, ao avançar que o segundo grupo abrange os países com casos recentes importados e com transmissão entre humanos.
O terceiro grupo de países são os que apresentam transmissão do vírus entre animais e humanos e o quarto inclui os países com capacidade de produção de testes, vacinas e tratamentos, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo disse, o Comité de Emergência para a Monkeypox, que se reuniu na quinta-feira (21.07) pela segunda vez para avaliar da evolução do surto, não chegou a um consenso, mas a avaliação da OMS é de que o risco é moderado a nível global, exceto na Europa, onde é considerado como elevado.
O diretor-geral explicou que a sua decisão de declarar a emergência de saúde pública de preocupação internacional baseou-se nas informações que mostram que o vírus se espalhou rapidamente a nível global, mesmo em países sem registo prévio de infeções, assim como nas “muitas incógnitas” face aos dados ainda insuficientes sobre a Monkeypox.
“Sei que este não foi um processo fácil ou simples e que existem pontos de vista divergentes entre os membros”, referiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao recordar que, atualmente, o surto concentra-se sobretudo em “homens que fazem sexo com homens, especialmente aqueles com múltiplos parceiros sexuais”.
Isso significa que se trata de um surto que “pode ser travado com as estratégias certas nos grupos certo”, salientou o responsável da OMS, alertando que o “estigma e discriminação podem ser tão perigosos como qualquer vírus”. (Lusa)
Deixe uma resposta