Moçambique caminha para auto-suficiência na produção de ovos e frangos

Moçambique poderá alcançar, a breve trecho, a auto-suficiência na produção e disponibilização interna de frango e ovos como resultado da intensificação da produtividade e do cultivo de milho e soja.

Das 4500 toneladas que produzia há duas décadas, o país colocou no mercado nacional, em 2021, cerca de 135,7 mil toneladas de frango de corte e 24,7 milhões de dúzias de ovos. O director nacional de Desenvolvimento Pecuário, Américo da Conceição, disse que o alcance destas cifras resulta do reforço da fiscalização e controlo do contrabando e integração dos pequenos e médios criadores na cadeia avícola.

Segundo jornal Notícias, Conceição falava, há dias, na I Conferência regional centro de frangos e ovos, que teve lugar, na cidade de Chimoio, sob o lema “Avicultura Nacional Dinamizadora da Produção, Economia, Nutrição e Emprego”.

O evento reuniu agentes económicos, instituições públicas e privadas de pesquisa e educação do subsector Pecuário, entidades privadas envolvidas na cadeia do frango, financiadores e operadores da indústria avícola. Conceição disse que a avicultura é um dos segmentos da pecuária que mais contribui para cobrir o défice de proteína animal, garantindo a segurança alimentar e nutricional e gerando renda e emprego no país.

Assegurou que o país oferece condições para se tornar auto-sustentável no que tange a carne de frango e ovos, devendo a actividade ser potenciada para que gere receita e garanta o produto no mercado nacional e internacional.

O director nacional desafiou os produtores da região centro a incrementarem a produção para suprir o défice de carne de frango no mercado nacional, salientando que, o sector agrícola tem estado a registar crescimento assinalável mercê do trabalho conjugado entre o Governo, parceiros e produtores.

Destacou como desafios do país para os próximos tempos o aumento dos níveis de produção para abastecer o mercado nacional e para exportação, inovação tecnológicas na cadeia avícola (aviários automatizados), aumento da capacidade de produzir ovos férteis, rações, unidades de abate, processamento e conservação de frango.

Pretende-se ainda melhorar a qualidade dos produtos nacionais, de modo a reduzir a preferência das importações, o combate ao contrabando, incremento dos níveis de produção e disponibilização interna das matérias-primas para o fabrico de rações.

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