Ministros do turismo da CPLP defendem reforço da mobilidade para alargar conectividade aérea

Ministros do turismo da CPLP defendem reforço da mobilidade para alargar conectividade aérea

Ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defenderam nesta terça-feira, o reforço da mobilidade para o “alargamento da conectividade aérea” na comunidade, uma das ações propostas para inverter o efeito devastador da covid-19 no sector.

Reunidos em Luanda, onde avaliam a contribuição do turismo para a recuperação socioeconómica sustentável da CPLP no pós-covid e os desafios e oportunidades, os ministros consideraram o acordo de mobilidade como elemento estruturante para potenciar o turismo.

Segundo a Lusa, a melhoria da conectividade aérea, a revisão do regime de vistos, a dinamização do turismo doméstico e o alargamento de parcerias privadas foram apontados pelo vice-ministro da Cultura e Turismo de Moçambique, Freson Bacar, como alguns dos desafios.

O sector turístico de Moçambique registou quedas acentuadas de turistas e receitas em 0% para o Produto Interno Bruto (PIB) contra os 4,5% e 5% anteriores ao covid-19.

Os números foram assinalados por Freson Bacar, dando conta que o país africano perspectiva voltar aos cerca de 2 milhões de turistas/ano.

“Temos estado a participar em vários eventos internacionais e há um conjunto de medidas que temos estado a tomar no sentido de conciliar mais o turismo e cultura”, disse aos jornalistas.

Fernando Vaz, ministro do Turismo e Artesanato e porta-voz do Governo da Guiné-Bissau, assinalou a relevância da reunião de Luanda para o seu país e para a comunidade defendendo a “livre circulação de turistas neste espaço comunitário”.

“A nossa proposta vai ser bem clara e pensamos que a questão da mobilidade faz com que o turismo entre nós e as ligações, que são de séculos, se cimente mais e que se proporcione com mais facilidade”, realçou.

O turismo na Guiné-Bissau, que está em processo de retoma e de criação de infraestruturas para catapultar a actividade após perdas de 100% originada pela pandemia, contribui anualmente com 2,7% para o PIB, perspectivando alargar para 25%.

O ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, apontou medidas essenciais para aumentar a conectividade, sobretudo a nível da comunidade para o fomento do turismo, enaltecendo o acordo de mobilidade no seio da CPLP: “É o elemento essencial estruturante para conseguirmos permitir que possamos nos movimentar e nós estamos a fazê-lo”.

“E devemos continuar a defender que haja a materialização deste acordo de circulação e mobilidade das pessoas, que é o elemento essencial para que essa mobilidade exista”, frisou o governante cabo-verdiano em declarações aos jornalistas.

Por seu lado, a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Rita Marques, considerou, na sua intervenção, que os Estados-membros da CPLP devem aproveitar a fase pós-covid para poder construir o setor, sobretudo com a formação e capacitação dos recursos humanos.

Um turismo de proximidade e de coesão territorial foi também defendido pela governante portuguesa.

Filipe Zau, ministro da Cultura, Turismo e Ambiente angolano, referiu que Angola está empenhada em desenvolver políticas públicas para o desenvolvimento do setor do turismo, considerando o acordo de mobilidade da CPLP como um veículo fundamental para fomentar o turismo no espaço comunitário.

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