O governo prometeu esta semana, continuar com a consolidação fiscal, mas sem reduzir as despesas. Segundo o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, esta consolidação fiscal tem de ser entendida como crescer na austeridade, e não redução da despesa.
Segundo o governante, durante a sua audição na Comissão do Plano e Orçamento (CPO) da Assembleia da República (AR) sobre a proposta do Plano Económico e Social (PES) e o Orçamento do Estado (OE) de 2022, a política de rigor nas contas públicas permitiu que o executivo reduzisse de 43,4% o rácio entre a despesa e o Produto Interno Bruto (PIB), em 2014, para a actual média de 33%.
“É o orçamento possível porque sabemos que não vai resolver todos os problemas”, argumenta Adriano Maleiane.
O ministro da economia e finanças avançou igualmente, que as receitas vão atingir 293 mil milhões de meticais e as despesas 450 mil milhões de meticais, ou seja, um défice de 157 mil milhões de meticais, cerca de 14% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Do total da despesa, 86,5% vão para educação, saúde, Forças de Defesa e Segurança, agricultura e infra-estruturas, boa governação e democracia, bem como remunerações”, concluiu.