A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vai assegurar viagens por vias alternativas para mais de mil passageiros que já haviam adquirido bilhetes para a rota Maputo-Lisboa.
Esta medida surge na sequência da suspensão, na semana passada, dos voos entre as capitais moçambicana e portuguesa, considerados não rentáveis pela transportadora nacional.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da LAM, Alfredo Cossa, que garantiu que, na impossibilidade de realocação dos passageiros, a empresa procederá ao reembolso do valor pago pelos bilhetes.
“Nós criámos todos os actos administrativos para poder transportar os passageiros através de outras companhias. Estão a ser realocados até completarmos o processo. Temos, neste momento, 1080 passageiros que já haviam adquirido as passagens”, afirmou Alfredo Cossa, citado numa publicação do jornal Notícias.
Segundo a LAM, a suspensão das rotas internacionais resulta de uma estratégia que visa conferir uma nova dinâmica ao negócio, optimizando a rentabilidade das operações e a eficiência da gestão.
Neste contexto, a companhia vai passar a priorizar os voos domésticos e regionais, apostando em viagens que apresentem resultados mais sustentáveis.
Na terça-feira, a transportadora anunciou a suspensão da ligação Maputo-Lisboa, revelando que, desde 2023, acumulou prejuízos superiores a 21 milhões de dólares devido à operação.
De acordo com Cossa, os custos destas operações eram sustentados pelos ganhos obtidos nas rotas domésticas, tornando a ligação a Portugal insustentável e prejudicial para a empresa, facto que levou à decisão de suspender os voos para aquele destino.
(Foto DR)
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