Perto de 70 milhões de pessoas na África Austral são afectadas pela seca, induzida pelo fenómeno El Niño, que dizimou colheitas em toda a região.
A informação foi avançada pelo Director Executivo da SADC, Elias Magosi, durante a quadragésima quarta cimeira do bloco que decorreu em Harare no Zimbabwe.
A seca, que começou no início de 2024, afetou a produção agrícola e pecuária, causando escassez de alimentos e prejudicando as economias em geral.
Os chefes de Estado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), constituída por 16 países, reuniram-se em Harare, capital do Zimbabué, para debater questões regionais, incluindo a segurança alimentar, avança a imprensa internacional.
Durante o evento, Elias Magosi, afirmou que “A estação chuvosa de 2024 tem sido um desafio, com a maior parte da região a sofrer os efeitos negativos do fenómeno El Nino, caracterizado pelo início tardio das chuvas”.
Devido ao fenómeno, países como Zimbabwe, Zâmbia e Malawi já declararam crise de fome, enquanto que Lesoto e a Namíbia pediram apoio humanitário
Em maio, a região lançou um apelo no sentido de obter 5,5 mil milhões de dólares de assistência humanitária para apoiar a resposta à seca, mas os donativos não têm chegado, disse o presidente cessante da SADC, João Lourenço, presidente de Angola.
“O montante mobilizado até agora está, infelizmente, abaixo dos valores estimados e gostaria de reiterar este apelo aos parceiros regionais e internacionais para que redobrem os seus esforços… para ajudar o nosso povo que foi afetado pelo El Nino”, disse ele na cimeira.
Deixe uma resposta