O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) investiu mais de três mil milhões de dólares em Moçambique, nos últimos 10 anos, consolidando-se como parceiro estratégico do governo nas áreas prioritárias, particularmente adaptação e resiliência às mudanças climáticas.

A informação foi partilhada ontem no distrito de Matutuíne, pelo representante do BAD em Moçambique, César Mba Abogo, na abertura do Conselho Coordenador do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

“O Banco está empenhado em ajudar Moçambique a construir resiliência para as alterações climáticas e fenómenos meteorológicos extremos. O BAD tem sido parceiro estratégico do governo há anos”, disse Abogo.

O BAD entende que o país é muito vulnerável às alterações climáticas, eventos extremos, tais como ciclones, inundações e secas, que ocorrem com uma frequência e intensidade, com um impacto devastador para as populações e infra-estruturas.

Por isso, o BAD desembolsou nos últimos dois anos mais de 42 milhões de dólares para assistência das populações nas zonas áridas e semi-áridas, incluindo construção de barragens, sistemas de irrigação, furos multi-funcionais e estradas terciárias.

Segundo a fonte, como resposta a solicitação do Governo moçambicano para a recuperação de emergência dos efeitos devastadores dos ciclones IDAI e Kenneth em 2019, o Banco desembolsou 50 milhões de dólares, para aquisição dos meios de subsistência para as comunidades afectadas.

Referiu que, o apoio é extensivo ao Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), para alargar a área de cobertura, com infra-estruturas modernas, que incluem a instalação de radares que fornecem informação precisa em tempo real sobre os riscos meteorológicos.