Os líderes do G20 iniciam hoje uma cimeira de dois dias na ilha indonésia de Bali, que deverá ser marcada por divergências sobre a invasão russa da Ucrânia.
Esta é a primeira cimeira do G20 desde que começou a guerra na Ucrânia, em 24 de Fevereiro deste ano, e a falta de consenso poderá reflectir-se na declaração final conjunta, como aconteceu na cimeira da Ásia Oriental, realizada no domingo, em Phnom Penh.
O Presidente russo, Vladimir Putin, não participa na cimeira das 20 economias mais desenvolvidas e dos países emergentes, em que estará representado pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
Segundo noticia a Lusa, Moscovo alegou problemas de agenda e a necessidade de Putin permanecer na Rússia para justificar a ausência.
Apesar de a Ucrânia não integrar o G20, o Presidente Volodymyr Zelensky foi convidado pelo seu homólogo indonésio, Joko Widodo, presidente em exercício do grupo, a discursar por videoconferência.
Sob o lema “recuperar juntos, recuperar mais fortes”, a cimeira deveria concentra-se nos riscos globais da pandemia de covid-19, na recessão económica e no desenvolvimento sustentado, como previa a presidência indonésia do G20.
O conflito na Ucrânia criou, no entanto, novos problemas globais que deverão ser discutidos em Bali, como a crise energética ou o risco de escassez alimentar, além da guerra em si.
A cimeira na chamada “ilha dos deuses” ficou já marcada por um encontro presencial inédito entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, na segunda-feira.
Estão previstos outros encontros bilaterais, como o de Xi com o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciado para hoje.
Além de Xi, Biden, Macron e do anfitrião Widodo, participam os presidentes Recep Tayyip Erdogan (Turquia), Yoon Suk-yeol (Coreia do Sul), Cyril Ramaphosa, (África do Sul) e Alberto Fernández (Argentina).
A lista inclui também os chefes de governo Olaf Scholz (Alemanha), Giorgia Meloni, (Itália) Rishi Sunak (Reino Unido), Fumio Ksihida (Japão) e Narendra Modi (Índia).
Os primeiros-ministros Anthony Albanese (Austrália), Justin Trudeau (Canadá) e Mohammad bin Salman (Arábia Saudita) estão igualmente em Bali, tal como o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, neste caso como convidado.
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