Presidente Cyril Ramaphosa volta hoje ao Parlamento, onde será confrontado com o escândalo de roubo de dinheiro, na fazenda de Phala Phala.
No entanto, a presidência sul africana diz, em comunicado, que Ramaphosa vai abordar as acções do governo para aliviar a fome e a desnutrição, sobretudo de crianças carentes.
O estadista sul africano deve também falar sobre os esforços para combater a sabotagem e crimes económicos.
A crise energética também vai merecer a atenção de Cyril Ramaphosa, que vai detalhar sobre a inclusão de duas unidades de geração de energia à rede nacional.
O comunicado emitido por Pretória e citado pela Rádio Moçambique, acrescenta que Ramaphosa vai partilhar, com os parlamentares, o trabalho em curso para a submissão da posição do governo sobre as recomendações da comissão de inquérito sobre a captura do estado.
Mas é quase certo que o assunto sobre o roubo de dinheiro na fazenda de Phala Phala vai dominar a presença de Ramaphosa no Parlamento.
Já na terça-feira, o Congresso Nacional Africano bloqueou a iniciativa da Aliança Democrática, que advoga que o Parlamento deve conduzir a sua própria investigação sobre o caso.
O ANC acusa a Aliança Democrática de querer se antecipar das investigações, ora em curso.
Por outro lado, o Congresso Nacional Africano diz que a criação de uma comissão ad hoc, para investigar o caso, vai criar uma crise constitucional.
Enquanto isso, a presidente do parlamento sul-africano, Nosiviwe Mapisa-Nqakula nomeou o advogado Mahlape Sello para substituir o professor Richard Calland, no painel independente que vai investigar o presidente Ramaphosa.
Mahlpe Sello integrou, recentemente, a comissão que investigou a captura do estado, durante o reinado de Jacob Zuma.
O Professor Calland pediu demissão do painel, depois de acusado de ser um pró-Ramaphosa. Em comunicado, Calland negou as acusações e diz que se afastou do painel para proteger a integridade do processo.
O painel tem um mês para determinar se há ou não evidências para o início do processo de remoção de Cyril Ramaphosa do cargo de presidente.
Ramaphosa é acusado de ter ocultado o roubo de avultadas somas de dinheiro, em moeda estrangeira, e de ter comprado o silêncio dos assaltantes.
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