As autoridades dinamarquesas pediram aos navios para se afastarem de um raio de cinco milhas náuticas da ilha de Bornholm após uma fuga de gás durante a noite de segunda-feira a partir do extinto gasoduto Nord Stream 2, da Rússia, que drena para o Mar Báltico.
“Ocorreu hoje uma fuga no gasoduto Nord Stream 2 na área dinamarquesa”, disse a agência de energia dinamarquesa.
O governo alemão disse que estava em contacto com as autoridades dinamarquesas e a trabalhar com as autoridades locais para descobrir o que causou a queda súbita da pressão no gasoduto.
Na segunda-feira à noite, o operador do gasoduto Nord Stream 1, que funcionava a uma capacidade reduzida desde meados de Junho antes de parar completamente os fornecimentos em Agosto, também revelou uma queda de pressão em ambas as linhas do gasoduto.
“As razões estão a ser investigadas”, disse a Nord Stream AG no seu website, sem revelar mais informações.
O gasoduto tem sido um dos pontos de viragem numa escalada da guerra energética entre a Europa e Moscovo desde a invasão russa à Ucrânia, em Fevereiro, que tem fustigado as principais economias ocidentais e feito disparar os preços do gás.
O presidente do regulador da rede alemã, Klaus Mueller, disse que a queda de pressão em ambos os gasodutos “realça a avaliação do regulador da rede alemã de que a situação é tensa”.
“Estamos actualmente em contacto com as autoridades envolvidas, a fim de esclarecer a situação. Ainda não temos clareza sobre as causas e os factos exactos”, refere uma declaração do Ministério da Economia alemão.
As autoridades marítimas dinamarquesas tinham emitido um aviso de navegação e estabelecido uma zona em torno do gasoduto Nord Stream 2 “por ser perigoso para o tráfego de navios”, acrescentou.
O operador do Nord Stream 2 disse que a pressão no gasoduto, que tinha contido algum gás selado no interior apesar de nunca se ter tornado operacional, caiu de 105 para 7 bar durante a noite.
O gasoduto, que se destinava a duplicar o volume de gás que fluía de São Petersburgo sob o Mar Báltico para a Alemanha, tinha acabado de ser concluído e enchido com 300 milhões de metros cúbicos de gás quando a Alemanha o cancelou dias antes da invasão.
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