A Organização das Nações Unidas (ONU) espera em breve um forte aumento do trânsito de navios para exportação de cereais a partir dos portos ucranianos, depois de estabelecidos os procedimentos acordados por Moscovo e Kiev para permitir o tráfego no Mar Negro.
A informação foi avançada por Frederick Kenney, coordenador interino das Nações Unidas no Centro Conjunto de Coordenação em Istambul, que supervisiona este acordo.
Segundo o Notícias ao Minuto que cita a Reuters, o representante das Nações Unidas espera que o número de navios a chegar aos mares da Ucrânia cresça num futuro próximo, à medida que forem feitos acordos para a exportação de cereais.
“Esperamos ver um grande aumento nos pedidos de trânsito”. O objetivo” de exportação previsto, compreendido entre duas a cinco milhões de toneladas por mês, é alcançável”, afirmou Frederick Kenney.
O coordenador das Nações Unidas disse ainda que a prioridade actual destas operações é deixar espaço nos três portos abrangidos pelo acordo, Odesa, Chornomorsk e Yuzhny, para que novos navios possam entrar e ser carregados.
“É imperioso que retiremos agora esses navios, para que possamos trazer embarcações para carregar cargas que serão destinadas a portos que contribuirão para reduzir a insegurança alimentar global. Mas, realmente, qualquer navio que saia com cereais ucranianos vai ajudar com esta situação”, disse Kenney.
Até ao momento, segundo a fonte citada pelo Notícias ao Minuto, não houve qualquer carregamento de milho, soja e óleo e farinha de girassol a partir da Ucrânia.
Frederick disse ainda que o acordo de exportação em causa se trata de uma operação comercial que será impulsionada pelo mercado e referiu que todos os navios estão obrigados a ser alvo de inspeção, de modo a dissipar as preocupações russas acerca de um eventual contrabando de armas para a Ucrânia.
Até ao momento, 12 navios que tinham ficado presos na Ucrânia desde o início da invasão foram já autorizados a partir, ao passo que outros quatro tiveram já permissão para viajar para os portos do país.
Em causa está o resultado de um entendimento que foi assinado, no mês passado, entre a Rússia e a Ucrânia e que previa a reabertura dos portos do Mar Negro e a retoma das exportações de cereais, com vista a evitar uma crise alimentar global de proporções crescentes.
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