Bolsa de Valores projecta entrada de 19 empresas no mercado bolsista até 2026

A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) pretende admitir mais 19 empresas no mercado, passando das actuais 11 para 30, nos próximos quatro anos.

Com esta medida, a BVM pretende fazer face a um dos seus principais desafios que se prende com a necessidade de ver cotadas mais empresas no mercado accionista e obrigacionista, bem como o aumento da capitalização bolsista.

“Pretendemos também contribuir para o crescimento do financiamento ao sector privado, apostar na criação de novos produtos, serviços, mercados e instrumentos financeiros, bem como admitir a cotação às empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE)”, disse Salim Valá, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da instituição.

Valá falava na terça-feira, em Maputo, no âmbito de visita de trabalho da Comissão do Plano e Orçamento (CPO) da Assembleia da República (AR) à BVM no contexto de fiscalização e supervisão que este grupo de deputados tem realizado às empresas públicas e instituições participadas pelo Estado.

Segundo o PCA, a BVM pretende criar mecanismos apropriados para atrair as Pequenas e Médias Empresas (PME), promovendo a formalização da economia e a internacionalização das empresas moçambicanas.

“É neste contexto que estamos a equacionar a introdução de incentivos temporários direccionados às empresas cotadas na Bolsa de Valores, bem como ampliar e aprofundar a implementação de programa de capacitação e literacia financeira, em particular, sobre o mercado de capitais”, frisou.

Por seu turno, o presidente da Comissão do Plano e Orçamento, António Niquice, disse que os parlamentares estão interessados em ver a BVM a atrair cada vez mais empresas, sobretudo, as PME.

Niquice defende que as empresas do Sector Empresarial do Estado devem estar cotadas na bolsa como forma de obter vantagens de financiamento e visibilidade no mercado nacional e internacional.

Explicou ainda que a visita tinha como objectivos verificar, dentre outros aspectos, o desempenho dos indicadores financeiros da empresa; as estratégias para dinamizar a economia nacional, o plano de comunicação e promoção, o quadro legal que regulamenta o funcionamento da instituição e os incentivos existentes para estimular a poupança e o investimento.

“Estávamos interessados em saber mais sobre a adesão das Grandes, Pequenas e Medias Empresas (GPME) ao mercado bolsista, bem como a influência da BVM no desempenho das PME”, afirmou.

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