EUA critica China por manter-se neutra à invasão russa

A China vem mantendo a sua neutralidade quando aos votos de condenação à invasão russa à Ucrânia, e essa postura mereceu, na segunda-feira, críticas dos Estados Unidos da América.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que a China deva optar por repudiar a “propaganda de Kremlin” tal como o fizeram outros países.

“Não só não vimos a China condenar, como todos os países devem, a brutalidade que as forças russas estão a empregar na Ucrânia contra o povo ucraniano”, disse Price durante uma conferência de imprensa.

“Na verdade, ouvimos alguns altos funcionários chineses repetirem algumas das propagandas mais perigosas que emanam do Kremlin”, acrescentou.

Washington tem alertado repetidamente a China sobre as consequências de oferecer apoio militar ou económico a Moscovo e tem instado a potência asiática a desempenhar um papel mais activo em impedir a invasão militar russa da Ucrânia, iniciada em 24 de Fevereiro.

Ned Price sublinhou que este “é um momento” em que todos “os países responsáveis” têm a “obrigação de deixar claro onde se posicionam sobre questões onde as nuances não se encaixam”, dando como exemplo “o massacre de civis e os abusos gratuitos dos direitos humanos” pelas forças russas na Ucrânia.

Na semana passada, o Presidente dos EUA, Joe Biden, comunicou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o envio de um pacote adicional de assistência militar de 800 milhões de dólares, com armas mais letais, para enfrentar a Rússia na nova fase do invasão mais focada no Donbass, no leste da Ucrânia.

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