A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, alertou, na quarta-feira, que as sanções aplicadas à Rússia, no âmbito da guerra na Ucrânia, podem fazer disparar o preço do petróleo em todo o mundo, o que penalizaria os EUA e os seus aliados.
De acordo com a Reuters, e citado pelo Notícias ao Minuto, Yellen disse esperar que as petrolíferas norte-americanas (e não só) possam aumentar a produção nos próximos seis meses, atraídas por preços mais elevados, o que poderá permitir restrições mais fortes ao petróleo russo.
A Comissão Europeia propôs, na terça-feira, uma proibição de importação pela União Europeia (UE) de carvão russo, que vale à Rússia quatro mil milhões de euros por ano, e a expulsão de quatro bancos russos do mercado financeiro europeu.
Em causa está um novo pacote de sanções proposto pelo executivo comunitário e anunciado à imprensa em Bruxelas pela líder da instituição, Ursula von der Leyen, visando tornar estas medidas restritivas “mais amplas e mais severas” para a economia russa, nomeadamente após as alegadas execuções de civis cometidas pelas tropas russas.
“Os quatro pacotes de sanções [anteriormente adotados pela UE] atingiram duramente e limitaram as opções políticas e económicas do Kremlin. Estamos a ver resultados tangíveis, mas claramente, tendo em conta os acontecimentos, precisamos de aumentar ainda mais a nossa pressão e, por isso, propomos dar mais um passo nas nossas sanções”, explicou a responsável.
Segundo Ursula von der Leyen, as novas sanções – que terão de ter aval dos Estados-membros – incluem “uma proibição de importação de carvão proveniente da Rússia, no valor de quatro mil milhões de euros por ano”, com vista a “cortar outra importante fonte de receitas para a Rússia”.