A subida exponencial dos preços do petróleo no mercado internacional está a pressionar a sobrevivência das companhias que se dedicam à comercialização dos combustíveis em Moçambique.
Tal como reporta o jornal Notícias, dados disponíveis indicam que em Fevereiro de 2021, por exemplo, o barril de petróleo foi comercializado a 62,28 dólares e atingiu o seu pico em Outubro de 2021, quando o mesmo custava 83,75 dólares, valores considerados mais elevados nos últimos sete anos.
Desde Janeiro último, o mercado de petróleo regista uma subida acentuada de preços com o barril a atingir a média mensal de 85,57 dólares e nos primeiros 9 dias do mês de Fevereiro foi comercializado em média a 91,15 dólares e espera-se que venha atingir os 100 dólares nos próximos dias.
Analistas acreditam que o impacto económico do covid-19, Ómicron, será de curta duração e a recuperação económica dos países vai fazer com que haja um aumento da procura nos próximos trimestres.
Acrescentam que este aumento da procura mais do que previsto e que a oferta da OPEP pode não crescer ao Preços do crude pressionam factura de combustíveis mesmo ritmo, consequentemente os preços vão registar uma tendência crescente no mercado internacional.
Por outro lado, as tensões geopolíticas devido a actividade militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia eleva o risco do petróleo como mercadoria e esta situação geopolítica está a influenciar para a alta de preços do barril de crude no mercado internacional.
A prevalência desta situação no mercado internacional trará impacto directo na aquisição e importação dos derivados de petróleo para Moçambique, visto que as empresas vão precisar de mais recursos financeiros de modo que consigam realizar operações de rotação de stocks de derivados de petróleo.
Aliás, segundo se nota, o preço real tem se situado acima do valor actualmente em vigor. Em termos de sustentabilidade financeira dos operadores, estas diferenças negativas, implicam prejuízos para a indústria, visto que, o preço de venda ao público não cobre os custos com a importação e não garante a sustentabilidade das empresas.
Como consequência, alertam os analistas que, a longo prazo, pode ocorrer a redução da atractividade da actividade, influenciando, deste modo, os investimentos no sub-sector de combustíveis.