O regulador do sector dos medicamentos na África do Sul anunciou a aprovação da utilização do comprimido contra a covid-19 do laboratório Merck, destinado a adultos de alto risco.
Num anúncio feito esta quinta-feira, a Autoridade Reguladora dos Medicamentos da África do Sul declarou que tinha “autorizado condicionalmente a importação de Molnupiravir”, um tratamento antiviral oral, por um período inicial de seis meses.
“A autorização do Molnupiravir (…) oferece um tratamento adicional na luta contra a covid-19”, disse o chefe da Autoridade Reguladora de Produtos Sanitários da África do Sul (SAHPRA), Boitumelo Semete-Makokotlela, citado pela Lusa.
Com mais de 3,6 milhões de infecções e 96.000 mortes registadas desde o início da pandemia, a África do Sul é o país mais afectado do continente.
Tomado no período de cinco dias após o início dos sintomas, o medicamento desenvolvido pela Merck (Merck Sharp & Dohme fora dos Estados Unidos e Canadá) limita a capacidade do vírus de se replicar, travando assim a doença.
Assim, o fármaco reduz o risco de hospitalização e morte em 30% na população susceptível, de acordo com os ensaios clínicos realizados em 1.400 participantes, antes do surgimento da variante Ómicron.
No entanto, o tratamento permanece “activo” contra a variante Ómicron, disse a empresa americana em finais de Janeiro, com base nos resultados de seis estudos laboratoriais.
O comprimido da Merck foi aprovado em meados de Dezembro nos Estados Unidos e final de Janeiro na União Europeia (UE).
A Merck assinou um acordo de licenciamento voluntário que permitirá aos fabricantes de genéricos produzir o seu medicamento, para facilitar o acesso global a um preço acessível.
Assinado em Janeiro, o acordo permitirá o acesso ao medicamento a 105 países de baixo e médio rendimento.