Sidney Poitier, o renomado actor, realizador e activista de Hollywood morreu aos 94 anos, disse a sua família esta sexta-feira.
Segundo a VOA, a notícia também foi confirmada à Reuters por Eugene Torchon-Newry, director-geral interino do Ministério das Relações Exteriores das Bahamas.
Poitier rompeu as barreiras raciais como o primeiro negro vencedor do Oscar de melhor actor pelo desempenho no filme “Lilies of the Field”, que estreou em 1963.
Na verdade, o actor inspirou uma geração durante o movimento pelos direitos civis. Poitier criou um legado cinematográfico distinto num único ano, com três filmes em 1967, numa altura em que a segregação prevalecia em grande parte dos Estados Unidos.
Em “Guess Who’s Come to Diner”, ele interpretou um homem negro com uma noiva branca e “In the Heat of the Night” ele era Virgil Tibbs, um polícia negro que enfrenta o racismo durante uma investigação de assassinato. Ele também interpretou um professor numa escola difícil de Londres no mesmo ano, em “To Sir, With Love”.
Durante a careira, Poitier ganhou o seu Oscar de melhor actor por “Lilies of the Field” em 1963, no papel de um faz-tudo que ajuda freiras alemãs a construir uma capela no deserto. Uma conquista que fez história. Cinco anos antes, Poitier fora o primeiro negro nomeado ao Oscar para actor principal pelo seu papel em “The Defiant Ones”.
O seu personagem Tibbs de “In the Heat of the Night” foi imortalizado em duas sequências – “They Call Me Mister Tibbs!” em 1970 e “The Organization” em 1971 – que se tornou a base da série de televisão “In the Heat of the Night”, protagonizada por Carroll O’Connor e Howard Rollins.
Poitier nasceu em Miami em 20 de Fevereiro de 1927, foi criado numa fazenda de tomate nas Bahamas e teve apenas um ano de escolaridade formal. O actor lutou contra a pobreza, o analfabetismo e o preconceito para se tornar um dos primeiros actores negros a ser conhecido e aceite em papéis importantes pelo público.