“Transparência deve ser compensada e não castigada”, defende OMS

O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou esta quinta-feira, as restrições impostas aos países onde foi detectada uma nova variante, cuja transparência devia ser “compensada e não castigada”.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus que falava na sessão de encerramento da primeira Conferência Internacional sobre Saúde Pública em África (CPHIA, na sigla em inglês), agradeceu à África do Sul e ao Botsuana pela pronta deteção e sequenciação da nova variante Ómicron, para a qual as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de Novembro.

A este propósito, o director-geral da OMS referiu-se às restrições que estes países sofreram pela parte de outros Estados como “injustas”.

“Alegra-me ver que alguns países levantaram as restrições. Precisamos compensar a transparência e não castigar, mas os nossos sistemas não promovem que os países alertem os outros e isso tem custos”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

De acordo com o responsável, ainda que a covid-19 revelou que a produção nacional deve ser uma prioridade nacional, incentivando à fabricação em África.

“Mais do que qualquer outra crise, a covid-19 veio lembrar-nos que o bem mais precioso do mundo é a saúde”, disse, elencando um conjunto de prioridades: conjugação para uma melhor resposta à pandemia, investimento na pesquisa, ciência e capacidade local de produção e, por último, investimento no atendimento de saúde primário para disponibilizar um atendimento médico.

“A saúde não é um luxo, mas é um direito fundamental humano” e o continente africano “deve investir em saúde”, concluiu.

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