A cidadã vietnamita indiciada como cabecilha num caso de tráfico de troféus de espécies proibidas terá desembolsado um milhão de meticais para levar os produtos de Moçambique para a Tanzânia, onde foram apreendidos.
Ela foi detida na cidade de Nampula para onde fugiu depois de se aperceber da descoberta da fraude e está presa nas celas do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na cidade de Pemba, em Cabo Delgado. É apontada como sendo a proprietária do produto, segundo o Notícias.
Ela teria subornado sete funcionários das Linhas Aéreas de Moçambique, Alfândegas e Polícia da República de Moçambique afectos ao Aeroporto Internacional de Pemba, para facilitarem o trânsito da mercadoria. Trata-se de pontas de marfim, garras e dentes-de-leão, ossos de animais ainda por identificar, cujo destino era a Malásia.
“Para viabilizar o tráfico das espécies proibidas, o grupo recorreu a documentos falsos, nome de uma empresa inexistente, denominada Zein Mariscos”, disse Sumail Sabila, porta-voz do SERNIC, em Cabo Delgado.
Aquando do envio da carga para a Tanzânia, as peças tinham sido camufladas em caixas contendo lagostas vivas.
O Ministério Público em Cabo Delgado decretou prisão preventiva para os envolvidos no caso, e já estão presas nove pessoas, nomeadamente os sete moçambicanos, a vietnamita e um cidadão tanzaniano.
Caso seja provado seu envolvimento no caso, os indiciados serão responsabilizados pelos crimes de abate, transporte e exportação de espécies proibidas, corrupção passiva para acto ilícito, contrabando, descaminho, uso de documentos falos e associação criminosa.
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