É o ressurgimento do “velho” problema? Médicos residentes do Hospital Central de Maputo ameaçam paralisar actividades extraordinárias a partir do dia 1 de Novembro próximo por falta de remuneração.
Em uma carta direcionada ao Hospital Central de Maputo (HCM), os médicos daquela unidade sanitária dizem não estarem a receber o pagamento referente aos serviços prestados fora do horário normal de expediente, assim como nos feriados e finais de semana, há nove meses.
Os médicos queixam-se igualmente de desgaste físico e psicológico, bem como dos custos de deslocação para execução das referidas actividades.
Os médicos dizem ainda na referida carta que, até reuniram entre eles por duas vezes, com vista a encontrar uma solução, mas não foi possível.
“Decidiu-se por unanimidade, declarar a indisponibilidade dos médicos para actividades fora do horário normal do expediente, nos feriados e finais de semana (rondas, urgências e outras actividades pertinentes neste período) a partir das zero horas do dia 1 de Novembro de 2023”.
No entanto, a direcção do HCM diz estar a procurar soluções junto das autoridades responsáveis por disponibilizar o valor referente a sua remuneração.
“De facto recebemos uma carta dos médicos, este é um problema que não vem de hoje e que tem sido discutido. “Não é um assunto do hospital, é um assunto que está a ser discutido, por isso ainda não tem solução. Quando tivermos resultado vocês saberão”, disse Mouzinho Saíde, director do HCM citado pelo jornal O “País”.
O HCM reconhece os prejuízos que a paralisação poderá causar no funcionamento do hospital e diz estar em busca de soluções internas.
Deixe uma resposta