Importadores moçambicanos desaconselham viagens para a África do Sul

A Associação de Pequenos Importadores de Moçambique (Mukhero) apelou hoje aos seus filiados para evitarem entrar na África do Sul, devido ao risco de violência, na sequência de manifestações que começaram hoje no país vizinho.

“Não vale a pena atravessar a fronteira para a África do Sul”, disse à Lusa o presidente da Mukhero, Sudekar Novela.

Novela alertou para o perigo de “morte imediata” para os estrangeiros na África do Sul, devido à violência que normalmente caracteriza os protestos no país e à xenofobia que acompanha este tipo de ações.

Os cidadãos de outros países que dependem de importações da África do Sul “não podem entrar, neste preciso momento”, realçou.

O presidente da Mukhero alertou para a possibilidade de uma escassez de produtos alimentares em Moçambique, dado que o país depende da África do Sul no abastecimento em bens diversos.

A situação, prosseguiu, será agravada pelo facto de Moçambique ter a produção agrícola comprometida, devido ao impacto das recentes calamidades naturais.

A África do Sul vive desde hoje uma paralisação geral convocada pelo partido de extrema-esquerda Economic Freedom Fighters (EFF), liderado por Julius Malema, contra a crise de electricidade, criminalidade e elevado índice de desemprego.

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