Funcionários do Conselho Municipal da Cidade de Maputo retomaram hoje a manifestação iniciada ontem (quar.19) exigindo a conformidade dos seus salários com o aprovado na Tabela Salarial Única (TSU).
A paralisação das actividades ontem colheu de surpresa direcção da edilidade que, mais tarde, fez circular a informação de penalizações, incluindo demissão.
O número de reivindicadores reduziu, tendo alguns retomado ao trabalho hoje. Entre os que ainda reivindicam disseram ao canal televisivo STV que receberam ameaças de demissão.
“Estamos a continuar e vamos continuar [com as manifestações]. E estamos a receber ameaças nas nossas direcções para não aderirmos a greve enquanto não estamos a fazer greve. Estamos a precisar do salário. Os superiores acabam intimidando e colocando falta aos seus subordinados para [coagi-los]. A reivindicação é para responder as nossas inquietações”, disseram os manifestantes.
“Quando constatámos que alguns funcionários não estavam nos locais de serviço mandamos o recado aos seus gestores para que procedessem conforme está estabelecido nas regras. Temos de tomar as medidas administrativas. Aparentemente esta mensagem foi posta a circular e aqueles que perceberam que estavam a recorrer pelo caminho errado retornaram aos seus postos de trabalho”, disse Silva Magaia, vereador de Ordenamento Territorial, Ambiente e Urbanização do CMCM.
Ele explicou que a edilidade optou por assim sancionar os reivindicadores por não assumir se tratar de uma greve dado que a matéria da TSU tem estado em debate entre o CMCM e os funcionários desde finais do ano passado, quando as tensões se agudizaram.
“Estabelecemos um mecanismo de diálogo para o acompanhamento deste assunto. Neste primeiro semestre o presidente do Conselho municipal já reuniu duas vezes com os funcionários”, pelo que “seria estranho ouvir alguém dizer não ‘conheço a explicação do município para o não pagamento da TSU’”.
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