O Fundo Monetário Internacional (FMI) irá cortar as perspetivas de crescimento económico mundial para este ano e para 2023, nas próximas previsões, anunciou Kristalina Georgieva.
“Para a maioria dos países, o crescimento ainda permanecerá em território positivo”, afirmou a diretora-geral da instituição, numa conversa com Tino Cuellar, presidente do Carnegie Endowment for International Peasse, acrescentando que o impacto da guerra irá contribuir para revisão em baixa para 143 economias este ano, representando 86% do PIB mundial.
Segundo Kristalina Georgieva, citada pela agência Lusa “a perspetiva económica global é extraordinariamente incerta muito além do intervalo normal”.
“Estamos a enfrentar uma crise em cima de uma crise”, afirmou.
A responsável do FMI salientou o impacto da pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia, afirmando que, além de ser devastadora para o país, “está a enviar ondas de choque” a nível global.
“As consequências económicas da guerra espalharam-se rapidamente” para os vizinhos, atingindo mais duramente as pessoas mais vulneráveis do mundo.
Em janeiro, o FMI cortou a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos percentuais (pp.) para 4,4%.
Segundo disse a instituição na altura, a revisão reflete o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da variante Ómicron, com um peso diferenciado de país para país, mas que deverão condicionar o crescimento no primeiro trimestre deste ano.
Kristalina Georgieva admitiu também, esta quinta-feira, que a inflação deverá permanecer “elevada por mais tempo do que anteriormente estimado”.
Fonte: Lusa