Empresas devem priorizar programas de bem-estar dos colaboradores

Empresas devem priorizar programas de bem-estar dos colaboradores

Há escassez de empregadores em Moçambique que oferecem regimes de trabalho flexíveis com o objetivo de melhorar o bem-estar dos colaboradores.

Os dados constam num estudo sobre “Benefícios e Capital Humano” divulgado recentemente em Maputo.

“Este estudo de referência fornece informações vitais sobre o bem-estar dos colaboradores em Moçambique, com um foco específico no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal – uma área que a Hollard Health prioriza”, disse Bruna Quintas da Hollard.

Para Quintas o bem-estar dos colaboradores deve ir além dos meros ganhos de produtividade, e nós capacitamos os empregadores com as ferramentas e conhecimentos necessários para promover uma abordagem mais equilibrada.

A pesquisa que contou com o patrocínio da Hollard Seguros, revela que quase 80% dos participantes confirmam que o bem-estar, a saúde física e mental dos cobradores faz parte da estratégia das empresas. E isto é muito positivo, afirmou Bruna Quintas.

Porém, 29% das empresas que participaram informam que têm um programa formal para alcançar este objetivo.

O que significa que, basicamente, metade das empresas participantes aqui hoje têm o bem-estar como uma prioridade, mas não têm ou o orçamento ou a informação do que está disponível no mercado para apoiá-los neste objectivo, que é o foco no bem-estar e o equilíbrio da vida do cobrador.

A Hollard Seguros demonstra o seu compromisso através de benefícios, ferramentas e experiências adaptadas ao bem-estar dos colaboradores. Nomeadamente, os seus benefícios de Cuidados Preventivos pagos na totalidade permitem que todos os membros se submetam a rastreios de saúde essenciais sem preocupações financeiras.

“A nossa aplicação interactiva HealthMov oferece aos empregados uma análise abrangente da sua saúde, incluindo a tensão arterial, o ritmo cardíaco, a frequência respiratória, os níveis de stress, o movimento, os padrões de sono e o IMC. Esta informação é depois partilhada anonimamente com os empregadores, fornecendo informações valiosas sobre as áreas de bem-estar que requerem atenção”, explicou Quintas.

Por exemplo, salientou a fonte, “a companhia de seguros organizou em Outubro a sua principal Jornada do Bem-Estar em Maputo, onde forneceu formas práticas e muito impactantes para os colaboradores melhorarem a sua saúde, ao seu próprio ritmo, nos seus próprios termos”.

A jornada centrou-se nos Seis Pilares da Saúde, abrindo os participantes à ideia de que o bem-estar não é apenas estar em forma e tonificado.

Bruna Quintas sublinhou que “trata-se de cuidar holisticamente dos seus corpos, mentes e almas através da alimentação e da nutrição, de rastreios de saúde preventivos e proactivos que aproveitam o poder da tecnologia, do sono e da atenção plena e de encontrar a forma correcta de exercício para satisfazer as suas necessidades únicas”.

“Ao oferecer a cada membro as ferramentas de que necessita para potenciar o seu próprio percurso de saúde e ao dar aos empregadores as informações de que necessitam para o facilitar, estamos a proporcionar um verdadeiro valor às vidas dos trabalhadores e, ao fazê-lo, às suas famílias, comunidades e ao país”, disse.

Imran Esmael, também da Hollard Seguros, sublinha a importância de desmistificar a cultura organizacional no contexto de criar condições para o bem-estar. Enfatiza o papel dos hábitos, crenças e comportamentos que moldam a cultura organizacional e como as demandas excessivas de trabalho podem levar a resultados decrescentes ao longo do tempo.

Esmael exorta os Líderes a concentrarem-se na criação de uma cultura que apoie os colaboradores ao invés de sobrecarregarem os melhores desempenhos. Salienta o desafio de equilibrar e/ou integrar a vida pessoal e profissional e defende acordos de trabalho flexíveis.

“O estudo sublinha a necessidade de trabalho flexível em Moçambique. Podemos não estar a falar de trabalho completamente remoto, mas a flexibilidade é crucial.”

Esta fonte sugere que os profissionais de RH colaborem com os gestores para implementar mudanças culturais, especialmente quando as políticas são rígidas. Apela a uma mudança na cultura prevalecente que dá prioridade à entrega constante em detrimento do bem-estar, defendendo a criação de um ambiente de trabalho saudável e de sistemas de apoio.

Em suma, Esmael reflecte sobre o impacto do esgotamento nos indivíduos e nas famílias e salienta o papel dos profissionais de RH na promoção de mudanças positivas.

Desafia a audiência a refletir sobre a forma como contribui para a criação de um ambiente de trabalho saudável e salienta a necessidade de reflexão e adaptação contínuas.

Os resultados do inquérito e os insights apresentados pela Tempus sublinham a responsabilidade colectiva de dar prioridade ao bem-estar dos colaboradores no panorama empresarial moçambicano, com foco na promoção de uma cultura que apoie o crescimento profissional e pessoal.

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