A Associação dos Motoristas de Camiões da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ameaçou paralisar a sua actividade no corredor da Beira, em protesto contra alegados casos de cobranças ilícitas por parte da polícia de trânsito.
“Se persistir, os camionistas não terão outra escolha senão parar ou estacionar os seus veículos nas fronteiras”, lê-se numa carta da Associação dos Motoristas de Camiões da SADC enviada ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala..
Na carta de duas páginas assinada pelo presidente da Associação dos Motoristas de Camiões da SADC, com sede na Zâmbia, a organização alega que os casos de cobranças ilícitas têm ocorrido nos corredores da Beira, Machipanda e Tete, classificando a situação como “insuportável”.
Segundo o documento, os camionistas são obrigados a pagar à polícia de trânsito valores que variam entre 300 meticais e 500 meticais em cada controlo, além de valores altos cobrados nas portagens instaladas nos corredores.
O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala esteve nesta quarta-feira reunido com comandos da Polícia da República de Moçambique e, em declarações posteriores à comunicação social na Beira, confirmou a recepção da carta, avançando a importância de uma investigação para esclarecer os casos.
O corredor da Beira, através da Estrada Nacional n.º 6 (EN6), é um dos mais usados para o transporte de carga pelos países vizinhos sem acesso ao mar.
O corredor inclui o porto da Beira, a linha férrea de Machipanda (que liga Moçambique e Zimbabué) e a EN6.
Agência Lusa