Mais de 16 mil mineiros moçambicanos que trabalham na vizinha África do Sul podem perder seus postos de trabalho, nos próximos dez anos. O alerta resulta da introdução de novas tecnologias de extracção de minérios e ao aumento do interesse dos sul-africanos em trabalhar nas minas.
Segundo a Rádio Moçambique, o facto foi revelado pelo director da agência de recrutamento de mão-de-obra para as minas da África do Sul, José Carimo, à Comissão de Relações Internacionais, Cooperação e comunidades da Assembleia da República de Moçambique, que trabalhou, esta segunda-feira, naquele país vizinho.
“Por exemplo, no ano passado, a economia moçambicana se beneficiou de cera de 1.200 milhões de randes e esses valores vão entrando em Moçambique anualmente, para além das aquisições de bens que os Moçambicanos vão fazendo na África do Sul e remetem para o país. E se nós adicionarmos isso, a contribuição dos trabalhadores moçambicanos nas minas da Africa do Sul é de cerca de dois bilhões de randes anualmente. É um valor muito significativo, particularmente para a zona sul do país”, disse o director da agência de recrutamento de mão-de-obra para as minas da África do Sul, citado pela Rádio Moçambique.
De acordo com a Rádio Moçambique, trabalham nas minas das sul-africanas 36 mil mineiros de Moçambique, Botsuana, Lesotho e e-Suatini.
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