Zonas de actuação é o que difere um terrorista de um manifestante, na perspectiva de Chapo

Zonas de actuação é o que difere um terrorista de um manifestante, na perspectiva de Chapo

O Presidente da República (PR), Daniel Chapo, voltou a comparar os recentes protestos violentos nas cidades moçambicanas com os ataques de terroristas islâmicos que assolam a província de Cabo Delgado, no norte do país.

Falando na quarta-feira no distrito de Cabo Delgado, em Palma, Chapo disse que a única diferença entre os manifestantes violentos e os jihadistas é que os primeiros operam nas cidades e os últimos no campo.

“O que acontece aqui quando os terroristas atacam mercados e barracas, quando eles têm problemas logísticos, ou quando eles estão quase a morrer de fome, também está acontecer em nossas cidades”, alegou o PR. “Eles estão a atacar lojas, eles estão a queimar bombas de gasolina, eles estão queimar armazéns, incluindo lojas médicas, eles estão a queimar tudo que pertence ao povo, incluindo escolas e hospitais. Não é diferente do que está a acontecer aqui no Teatro Operacional do Norte”.

Ele disse que os motins de hoje “trouxeram um evangelho de ódio entre os moçambicanos”, o que pode levar ao “terrorismo urbano”.

Tal como em ocasiões anteriores durante a sua visita de três dias a Cabo Delgado, Chapo disse que o país enfrenta três ameaças: o terrorismo islâmico em partes de Cabo Delgado, ataques da milícia conhecida como Naparamas e protestos violentos e ilegais nas ruas das cidades.

Os manifestantes, afirmou, aproveitaram as eleições gerais de Outubro passado “para perpetrar actos macabros contra o público”.

Os tumultos deixaram um rastro de destruição. Conforme os números do Governo, os manifestantes deixaram em ruínas 177 escolas, 27 unidades de saúde, 19 fábricas, 23 armazéns, 1.677 lojas, 293 prédios públicos, 194 casas do governo, 108 casas particulares e centenas de veículos, incluindo 23 ambulâncias.

A Confederação das Associações Empresariais de Moçambique (CTA) calcula que os tumultos tenham deixado 17 mil trabalhadores sem emprego. (AIM)

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