O Quénia está a ponderar reintroduzir alguns impostos que, face à contestação em manifestações em Junho, tinha retirado do projeto de Orçamento para o próximo ano, anunciou hoje o ministro das Finanças, na apresentação de 50 medidas.
O Ministro das Finanças, John Mbadi, disse que o Governo tenciona introduzir 49 medidas fiscais para obter cerca de 150 mil milhões de xelins, incluindo algumas que causaram o descontentamento popular e dezenas de mortos.
“Se prejudicam o ambiente, devem pagar para ajudar a reparar os danos que causaram”, argumentou Mbadi, um dos quatro membros da oposição que se juntaram ao Governo remodelado em Julho, referindo-se à reintrodução de impostos ambientais, incluindo sobre os produtos electrónicos e embalagens de plástico.
O Presidente William Ruto, que chegou ao poder em 2022 com a promessa de defender os mais pobres, foi forçado a retirar um projecto de orçamento pouco popular no final de Junho, depois de as manifestações, inicialmente pacíficas, terem evoluído para confrontos que fizeram, pelo menos, 60 mortos.
Na sequência da retirada da proposta de Orçamento, anunciada a 26 de Junho, Ruto anunciou um aumento do endividamento de 1,2 mil milhões de euros, e uma redução na despesa pública de 1,3 mil milhões de euros, o que fez com que as agências de notação financeira Moody’s e Fitch tivessem baixado o ‘rating’ do país, complicando ainda mais a sua situação orçamental. (Fonte: RM)
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