Violência Sexual contra menores: É preciso vigiar familiares e inquilinos. Fazem coisas horripilantes…

Violência Sexual contra menores: É preciso vigiar familiares e inquilinos. Fazem coisas horripilantes…

Os casos de violência sexual contra menores de idade tendem a aumentar em todo o país, como revela um trabalho do jornal Domingo. Esses crimes muitas vezes são praticados por pessoas próximas às vítimas, que até partilha algum grau parental.

Com efeito, entre Janeiro de 2022 e Março de 2023, o departamento de Medicina Legal do Hospital Central de Maputo registou 361 casos, dos quais 64 foram vitimizados rapazes. No primeiro trimestre deste ano foram atendidas 74 vítimas, sendo quatro rapazes.

Em média, o Hospital Geral de Mavalane regista 30 casos mensais de violência sexual, sendo cinco contra crianças entre zero e nove anos de idade. No primeiro trimestre do ano registou 15 casos de violação de raparigas entre 12 e 16 anos.

Entre Janeiro e Março de 2023, em Inhambane foram registados 64 casos, e no período homólogo deste ano subiu para 86 casos de violação contra menores de idade.

No distrito de Homoíne, uma criança de oito anos de idade foi violada, durante vários dias por três jovens. Os indiciados cercavam a crianças sempre quando voltava da escola, até desistir de estudar por temer reencontro com os violadores. A menor está a receber assistência médica.

Em Sofala, no primeiro trimestre de 2022, foram registados 60 casos, e este ano, no período homólogo, foram registados 71 casos de violação contra menores.

Na cidade da Beira, um menor de sete anos foi violado por um adulto de 43 anos de idade. Por algum período o rapaz foi dado como desaparecido pela família. Foi localizado um dia depois do ocorrido, ensanguentado, sem conseguir andar devidamente. Pensava-se que tinha sido atropelado. O rapaz está a receber assistência médica e psicológica num hospital de Sofala.

Em Manica as autoridades já registaram 97 denúncias de casos de violação de menores, e outros 54 casos reportados no primeiro trimestre do ano.

Em Nampula o registo é de 303 casos de violação de menores. Este ano foram registados 71 casos, sendo 43 no primeiro trimestre.

Em 2022, segundo a Procuradoria-Geral da República foram instaurados 2610 processos contra crimes de violação sexual, um aumento de 470 processos se comparado com 2021, com o registo de 2140 processos-crime.

O jornal que citamos avança que os violadores são, muitas vezes, pessoa com graus de parentesco muito próximo das vítimas, como pais, tios, avôs e primos. Mas também nesse grupo incluem-se os arrendatários de residências.

Os inquilinos são apontados como pessoas que utilizam da artimanha de conquistar a simpatia dos proprietários das casas ou vizinhança para, depois de três ou quatro meses, violar crianças e adolescentes.  Depois de cometer os crimes, eles abandonam as residências sem deixar rastos.

“Tivemos muitos casos destes no ano passado. Muitas vezes é um grupo de jovens que arrenda uma casa, e um deles alicia uma rapariga e cometem o crime”, revelou Linha Munguambe, responsável do Centro de Atendimento Integrado às vítimas de violência do Hospital Geral de Mavalane.

Ela apelou para se apresentar os inquilinos às autoridades do bairro, redução de adolescentes a estudar no período nocturno, e a busca de socorro logo dentro de 72 horas depois das violações para prevenir doenças de transmissão sexual como o HIV.

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