O Governo dos Estados Unidos da América (EUA) vai disponibilizar 17 milhões de dólares para um programa de prevenção contra a malária nos próximos cinco anos em Moçambique.
Segundo anunciou nesta segunda-feira, a embaixada norte-americana, “cada rede entregue, cada teste efectuado, cada vida salva é um testemunho do compromisso do Governo dos EUA de construir comunidades mais saudáveis, resilientes e livres de malária em Moçambique”, disse Helen Pataki, directora da missão da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID).
“O Programa de Prevenção da Malária tem uma duração de cinco anos e visa reduzir a prevalência da doença em Manica, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado, províncias que registam as taxas mais elevadas de malária em Moçambique, além de reforçar a capacidade das organizações locais na luta contra a doença”, refere-se no documento, também citado pela Lusa.
Segundo USAID, a iniciativa vai também “promover a utilização de redes tratadas com insecticida, ensinar a cuidar e a manter as redes, encorajar os pais a tratar as crianças com febre e promover o tratamento preventivo da malária na gravidez”.
Moçambique registou 210 mortes devido à malária no primeiro semestre deste ano, menos um quarto face a igual período de 2022, numa altura em que o país se prepara para a vacinação contra a doença, anunciou, na última semana, o director do Programa Nacional do Combate à Malária, Baltazar Candrinho.
Segundo o responsável, entre Janeiro e Junho, Moçambique registou ainda um aumento do número de casos de malária, com 7,2 milhões de casos contra 6,8 milhões registados em 2022, facto que está associado à falta de meios de prevenção da doença, além dos desastres naturais que afectam ciclicamente o país “favorecendo o crescimento da população do mosquito”.
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