A direcção da Universidade Lúrio (UniLúrio), em Nampula, anunciou a isenção do pagamento de mensalidades durante o período em que não foram ministradas aulas. A medida surge após o anúncio de uma manifestação pacífica por parte dos estudantes dos cursos do regime pós-laboral da Faculdade de Ciências de Saúde daquela instituição de ensino superior do norte de Moçambique.

“A direcção da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio comunica a todos os estudantes do regime pós-laboral que estão isentos do pagamento de mensalidades referentes ao período em que não decorreram aulas. Após o reinício das aulas, o pagamento deverá ser efectuado de acordo com o calendário normal”, lê-se numa nota oficial da direcção divulgada na última sexta-feira (25), mas que, curiosamente, foi assinada a 04 de Abril pela directora da Faculdade.

Segundo uma publicação do jornal Rigor, a manifestação foi convocada pelos estudantes dos cursos de Enfermagem Geral, Psicologia Clínica e Administração e Gestão em Saúde, que planeiam marchar em cinco dias intercalados — 28 de Abril, 5, 12 e 19 de Maio.

Nas cartas enviadas à direcção da Faculdade, ao Conselho Municipal de Nampula, à Polícia da República de Moçambique (PRM) e à Reitoria da Universidade, os estudantes expressaram a sua indignação contra a cobrança de mensalidades nos meses de Março e Abril, apesar da ausência de aulas.

“Decidimos realizar uma manifestação pacífica para exigir os nossos direitos, visto que as aulas deveriam ter iniciado em Março e, até à presente data, os estudantes dos cursos acima mencionados continuam sem aulas. Além disso, fomos obrigados a inscrever-nos e a pagar as mensalidades correspondentes aos meses de Março e Abril, mesmo sem qualquer actividade lectiva. A direcção, sabendo da ausência de aulas, manteve a cobrança”, denunciaram os estudantes em carta.

A decisão da direcção de suspender a cobrança de mensalidades relativas ao período sem aulas é interpretada como uma tentativa de resposta às reivindicações estudantis. No entanto, até ao momento, não é claro se, diante desta nova posição da instituição, os estudantes irão suspender a agenda de manifestações inicialmente anunciada.

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