A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) foi indicada, pela primeira vez, para fazer parte do Ranking Universitário Mundial do Ensino Superior de Times 2023 “Times Higher Education World University Rankings 2023”.

Este é um reflexo dos progressos das instituições de ensino superior africanas, e a UEM faz parte de um conjunto de outras 96 universidades, de 17 países que este ano foram seleccionadas para o Ranking. No ano passado tinham sido seleccionadas 71 instituições universitárias.

“A África viu a participação aumentar em 36,6%, com rankings a aumentar de 71 para 97 instituições – este é o maior aumento de todos os continentes.   Cinco novos países africanos aparecem no Rankings pela primeira vez: Maurícias, Moçambique, Namíbia, Zâmbia, e Zimbabué”, lê-se, no portal “timeshighereducation”.

A melhor universidade de África é a da Cidade do Cabo, na África do Sul, que, na classificação anterior ocupava a 183ª posição e agora saltou 23 lugares para a posição 160ª. Esta é a única entre as melhores 200 universidades do mundo.

Duas outras universidades sul-africanas, a Universidade de Stellenbosch e a Universidade de Witwatersrand, ou Wits, estão ambas na categoria dos 251 a 300, empatadas em segundo lugar, enquanto a Universidade de Cape Coast, do Gana, no escalão dos 351 a 400, foi colocada em quarto lugar.

World University Rankings 2023 are now live! Read our analysis and browse the full results #WUR2023 #THEunirankings https://t.co/B756kDXFKd pic.twitter.com/D9ORaBfZNe

— Times Higher Education (@timeshighered) October 12, 2022

Pelo sétimo ano consecutivo a Universidade de Oxford, na Inglaterra, manteve-se em primeiro lugar do ranking.

A Universidade de Muhimbili de Saúde e Ciências Aliadas da Tanzânia, um recém-chegado ao ranking, entrou nas 500 melhores universidades do mundo, uma vez que foi colocada na faixa das 401 a 500.

Em comparação com as restantes universidades mais bem classificadas de África, Muhimbili é relativamente nova, pois foi separada da Universidade de Dar es Salaam e só em 2007 lhe foi concedido o estatuto de universidade de pleno direito pela Comissão de Universidades da Tanzânia.

Comentando os progressos feitos pelas universidades em África, Phil Baty, o responsável pelo domínio do conhecimento do Times Higher Education, disse que os dados indicam que estas universidades estão a tornar-se mais proeminentes e competitivas na cena mundial.

“Não só a Universidade da Cidade do Cabo subiu na classificação este ano, como a representação global para África aumentou consideravelmente a sua economia do conhecimento”, disse Baty à University World News a 12 de Outubro, quando as classificações foram divulgadas.