Moçambique viu seu pedido de empréstimo de 20 milhões de euros ser negado por alguns membros da União Europeia por considerarem o pedido inoportuno. O Pedido foi feito sem o conhecimento da Assembleia da República. 

O valor, segundo informa alguma imprensa nacional, serviria de apoio ao exercito ruandesas que opera lado a lado com as tropas nacionais  no combate ao terrorismo na região Norte do país. 
O jornal Visão diz, citando a Africa Intelligence que há algumas semanas, Moçambique já tinha apresentado um novo pedido de apoio ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (FPE) para as tropas ruandesas na província de Cabo Delgado.

Os Estados-Membros da UE consideram também que o calendário deste pedido não é o mais adequado.

“Acontece apenas algumas semanas antes das eleições presidenciais no Ruanda (15 de Julho), nas quais Paul Kagame deverá ser facilmente reeleito, nas eleições europeias (6-9 de Junho) e, sobretudo, em plena guerra no leste da RDC, onde o Ruanda é acusado em relatórios da ONU de apoiar o M23

Segundo o jornal, a Bélgica parece ser o Estado-membro que mais se opõe à ajuda ao exército ruandês em Moçambique.

A instabilidade político-militar em Cabo Delgado alinha na dúvida para aprovação do pedido A estabilidade da província moçambicana de Cabo Delgado é fundamental para que as companhias petrolíferas Total Energies e os seus parceiros — incluindo vários grupos indianos — possam reanimar o GNL.

De referir que em 2023, a UE já tinha desembolsado o primeiro cheque de 20 milhões de euros através do FEP, uma vitória para Kigali alcançada após acesos debates. Um desembolso que não foi de todo consensual para os membros da UE.