O antigo chefe de Estado, Joaquim Chissano defendeu hoje uma “coesão social efectiva” no país para evitar recrutamento de jovens para as fileiras dos grupos terroristas no norte de Moçambique.
Segundo o ex-chefe de Estado, o país enfrenta um “inimigo oculto”. Para isso, “precisamos de uma coesão social efectiva para que os nossos jovens e membros das comunidades não sejam engajados na causa terrorista”.
Joaquim Chissano, que falava durante a conferência nacional sobre “Paz, Segurança, Reconciliação e Desenvolvimento”, que decorre em Maputo, considerou a coesão social um elemento relevante no contexto de conflitos e insegurança que se vive no país, referindo que o conceito contribui para a “edificação de mecanismos de resiliência” das comunidades face à violência.
Para Joaquim Chissano, Moçambique enfrenta um inimigo ainda oculto, que não apresenta as suas reivindicações, lideranças ou objectivos.
“Isso é um modelo do chamado terrorismo oculto, onde não se apresenta uma agenda, mas há actos terroristas contínuos contra as populações e instituições”, referiu o antigo Presidente, citado pela Lusa.
A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos a insurgência armada, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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