Sector privado sugere revisão de taxas de reservas obrigatórias ao Banco de Moçambique

Sector privado sugere revisão de taxas de reservas obrigatórias ao Banco de Moçambique

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA sugere que o Banco de Moçambique reveja as taxas de reservas obrigatórias, actualmente perto de 40%.

Na perspectiva dos empresários, as referidas taxas, aliadas à escassez de divisas pode comprometer as previsões de crescimento da economia nacional para este ano.

De 2022 até 2023, o Banco de Moçambique, sucessivamente, aumentou a taxa de juro de reservas obrigatórias de 11,50% para 39,5%, pressionando a liquidez em moeda externa no mercado, dizem os empresários.

“Teoricamente, o aumento da taxa de reservas obrigatórias deveria ser fundamentado pelo excesso de liquidez no mercado. Olhando para o comportamento do mercado de divisas, denota-se baixa liquidez que flui para as empresas. As conversões líquidas cresceram em cerca de 120% um sinal inequívoco de aumento de liquidez retida nos bancos. Ou seja, significa que os bancos comerciais passaram a reter liquidez em moeda externa, comprando mais dos clientes e vendendo menos”, lê-se no comunicado de imprensa enviado ao MZNews.

Os empresários associam a falta de divisas no país ao facto de grande parte dos impostos dos grandes projectos serem canalizados para o mercado externo.

“(…) a cobertura de exportações sobre as importações está estimada em cerca de 25%. Se incluímos os Grandes Projectos, a cobertura das exportações sobre importações atinge os 90%”, o que poderia levar a que “o défice da oferta de divisas estaria estimada em 10%, contra os 75% sem os Grandes Projectos”.

“O Banco de Moçambique não deveria manter uma taxa de reservas obrigatórias tão elevada, em 39,5%, das mais elevadas do mundo”, alertam.

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