A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) está expectante com o anúncio do Governo de aquisição de 11 milhões de doses de vacinas contra Covid-19, facto que poderá acelerar o ritmo de imunização e ditar alívio de medidas restritivas em vigor, incluindo no sector empresarial.

Ao mesmo tempo, a entidade espera uma maior adesão às campanhas de vacinação no país, um factor importante para uma retoma às actividades sem restrições num contexto de pandemia latente.

A abordagem foi defendida, semana passada, pelo presidente da CTA, Agostinho Vuma, na apresentação do Índice de Robustez Empresarial, um instrumento que avalia as tendências da performance do sector empresarial moçambicano.

“Os progressos na campanha de vacinação, com o anúncio da aquisição pelo Estado moçambicano de cerca de 11 milhões de vacinas contra a Covid-19, ao que se associam os esforços empreendidos pelo sector privado, poderão massificar o acesso à vacina e reduzir os impactos da doença na saúde e na economia”, disse Vuma.

O sector empresarial aponta, igualmente, os desenvolvimentos na zona norte, partilhados recentemente pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi, apontando para o reforço das acções contra os terroristas em Cabo Delgado, como uma janela de oportunidade para o restabelecimento da segurança e estabilidade, condição chave para a retoma dos projectos do gás natural na Bacia do Rovuma.

“Os últimos desenvolvimentos em Cabo Delgado abrem uma nova janela de esperança para o restabelecimento da segurança e estabilidade nas localidades afectadas pelo terrorismo na província, o que possibilitará uma retoma dos projectos de gás, com impacto positivo que isso poderá ter na economia”, vincou.