Resultados financeiros de HCB atingem 1 504,66 milhões de Meticais no primeiro semestre de 2024

Resultados financeiros de HCB atingem 1 504,66 milhões de Meticais no primeiro semestre de 2024

Os Resultados Financeiros da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, SA (HCB) atingiram a cifra de 1 504,66 milhões de Meticais no primeiro semestre de 2024,  representando uma variação positiva de 1.837,3% se comparado a igual período de 2023.

De acordo com o relatório do desempenho operacional e financeiro da HCB, este resultado deriva dos rendimentos das aplicações financeiras combinados ao efeito da apreciação do Rand Sul Africano face ao Metical.

Neste quadro, o resultado líquido da HCB entre Janeiro e Junho de 2024 ascendeu a 8.961,13 milhões de Meticais, 56,7% acima do registado em igual período de 2023. “Decorrente deste desempenho financeiro do primeiro semestre, estima-se que os resultados líquidos, até o fim do ano estejam ao nível dos orçados, ou seja, 13.851,68 milhões de Meticais”, indica o relatório da empresa consultado pelo MZNews.

Em termos das vendas, de Janeiro a Junho de 2024, situaram-se em 7.628,32GWh, 6,2% e 3,5%, acima do nível alcançado em igual período de 2023 e do planeado para o período, respectivamente.

Os Rendimentos e Ganhos situaram-se nos 19.445,56 milhões de Meticais, 37,3% acima dos registados em igual período do ano 2023, o que, segundo o relatório,  se deve aos ajustamentos tarifários observadas no segundo semestre do ano transacto e no início do corrente ano.

Em termos dos Gastos Operacionais, a HCB gastou nos primeiros seis meses do ano em curso, perto dos 7 milhoes de Meticais, 19,7% acima dos registados em período homólogo de 2023. A empresa justifica que isto deveu-se a implementação do Projecto Transformação conjugado com o aumento do fee de concessão que sofreu um incremento devido ao aumento das vendas.

“O balanço patrimonial, bem como os indicadores de liquidez e solvabilidade, demonstram o equilíbrio financeiro, quer no curto, médio e longo prazo”, indica o relatório da empresa.

De acordo com o documento, o aumento dos Capitais Próprios é influenciado pelo aumento dos resultados acumulados. A redução dos Passivos não Correntes é derivada da liquidação antecipada do empréstimo FED contraído para a reabilitação das linhas HVDC, após o fim da guerra civil verificada no país. A rubrica de Passivos correntes variou em 76,2% essencialmente como resultado da variação da rubrica de impostos a pagar cuja variação está associada ao aumento dos resultados líquidos.

Os rácios de rentabilidade e liquidez, continuam a demonstrar uma robustez significativa da empresa a redução observada em liquidez geral e solvabilidade deve-se as estimativas de imposto para o período.

Por outro lado, os rácios ROA e Margem operacional demonstram solidez e incremento dos resultados operacionais da empresa, até Junho de presente ano, relativamente ao período similar do ano passado.

No que tange aos rácios de rentabilidade da acção, destaca-se o significativo incremento do lucro por acção resultante do impacto do ajuste tarifário, a disciplina no controle dos custos bem como a maximização dos investimentos em excesso de liquidez, factos que permitiram o incremento dos resultados líquidos.

Durante o período em análise o valor da acção da empresa registou um incremento na Bolsa de Valores de Moçambique, de cerca de 61%. Apesar deste significativo incremento, continua havendo um significativo desnível entre o valor cotado e valor contabilístico da acção, sendo este último, relativamente superior.

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