Renamo contesta proposta de criação do fundo soberano e quer entidade autónoma para gerir

Renamo contesta proposta de criação do fundo soberano e quer entidade autónoma para gerir

A Renamo, principal partido da oposição, contestou ontem, a proposta de criação de um fundo soberano do país, e defende que deve ser gerido por uma entidade autónoma em vez do banco central. 

Segundo a Renamo, a proposta de lei depositada no Parlamento e que aguarda agendamento para discussão no hemiciclo, “não cria um mecanismo para que toda a sociedade moçambicana saiba onde está o dinheiro”.

Em conferência de imprensa, Alfredo Magumisse, vice-chefe da bancada da Renamo, criticou o facto de a proposta assentar numa única conta junto do Banco de Moçambique.

Assim, para este partido da oposição, deve haver “uma entidade que tenha autonomia administrativa, financeira e patrimonial” e que preste informação a todos sobre o dinheiro depositado no Fundo Soberano de Moçambique (FSM).

Alfredo Magumisse lembrou que ainda está na memória dos moçambicanos o caso das dívidas ocultas do Estado e que isso coloca em causa a ideia de colocar o FSM nas mãos de uma única entidade estatal.

“Lembramo-nos das dividas ocultas. O Banco de Moçambique não representa fiabilidade para que os moçambicanos possam confiar que o dinheiro seja devidamente gasto no que se pretende e ser guardado para gerações vindouras”, acrescentou.

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