O Governo da República Democrática do Congo (RDC) e o movimento rebelde AFC/M23 assinaram neste sábado (19), um princípio de acordo para um futuro acordo de paz. O acordo acontece após três meses de conversações directas no Qatar.
Segundo uma publicação da RFI, a cerimónia de assinatura do princípio de acordo decorreu com a presença do ministro qatari dos Negócios Estrangeiros em Doha, no Qatar.
O documento assinado pelas partes prevê, segundo as informações recolhidas pela RFI, um mecanismo para alcançar um cessar-fogo permanente, um plano para restaurar a autoridade do Estado no Leste do país, após o acordo de paz assinado, e um quadro de negociações para as próximas etapas.
Este princípio de acordo acontece três semanas após a assinatura de um acordo de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo em Washington, nos Estados Unidos, a 27 de Junho.
Aliás o movimento rebelde AFC/M23, que conseguiu conquistar territórios no Leste da RDC numa ofensiva em Janeiro e em Fevereiro, tinha como objectivo assinar o seu próprio acordo com Kinshasa, isto independentemente do acordo assinado entre os congoleses e os ruandeses.
Recorde-se que o leste da RDC é rico em minerais como o cobalto e o lítio – vitais para os veículos eléctricos.
O leste da República Democrática do Congo, rico em recursos minerais e fronteiriço com o Ruanda, tem sido palco de múltiplos conflitos há 30 anos.
Desde o ressurgimento do grupo armado no final de 2021, o regime do Presidente congolês Félix Tshisekedi tinha recusado sistematicamente dialogar, cara-a-cara, com o M23 e o seu braço político, a Aliança do Rio Congo (AFC/M23).
(Foto Reuters)


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