Raptos: Ministro do Interior desafia comunidade islâmica a apresentar provas contra envolvimento do Governo

Raptos: Ministro do Interior desafia comunidade islâmica a apresentar provas contra envolvimento do Governo

A comunidade islâmica acusou, recentemente, de alguns membros do Governo, “de alta patente”, estarem envolvidos em sindicatos de crime organizado, nomeadamente, os raptos.

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A acusação seguiu-se, dias depois, a uma acusação do Presidente da República, Filipe Nyusi, de as vítimas de raptos não colaborarem com as autoridades para o esclarecimento dos crimes.

Esta segunda-feira (12), o Ministro do Interior, Pascoal Ronda, desafiou aquela comunidade a apresentar provas do envolvimento de membros da polícia em crimes de raptos. No entender de Ronda, a recente acusação do representante da comunidade, Moulana Nazir, ocorreu no calor da emoção.

“Toda a nossa reação, o nosso policiamento, é bom que seja carregado de elementos que sustentem a reação. Há momentos em que as pessoas estão carregadas de emoção porque querem uma resposta rápida e não olham para os fatores à volta… Ele falou porque estava emocionado, porque estava preocupado. É preciso ter elementos que sustentem toda a nossa argumentação. Se tudo quanto dissemos se pode fundamentar para resolver. Uma coisa é falar, e outra é demonstrar”, apontou Pascoal Ronda, frisando que caso se comprove o envolvimento de elementos da polícia, “nós não perdoamos”.

O Ministro do Interior falava em Maputo, e à imprensa notou que existem vários países vivendo o fenómeno dos raptos há mais anos do que Moçambique “e acontecem 500 raptos por dia…, mas a nós interessa que não aconteça nenhum rapto”.

Ele assegurou que “está sendo feito todo esforço para acabar com isso”, e conta com o apoio de todos, “incluindo da comunicação social”. “Vamos conseguir e um dia vamos celebrar”.

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