Os produtores de castanha de caju manifestam a sua preocupação com o preço de referência de 45 meticais o quilo, anunciado pelo Governo para a campanha de comercialização 2025/26. A preocupação foi expressa esta sexta-feira (10), em Maputo, à margem da primeira sessão do Comité de Amêndoas.

Segundo uma publicação da AIM, os produtores dizem enfrentarem dificuldades em obter rendimento ideal e na conservação da castanha. “Acho que a produção vai baixar nos próximos anos, porque não há nenhum rendimento. Precisamos muito da assistência de técnicos, porque há certos produtores que não têm sistemas adequados de secagem ou embalagem e a castanha pode estragar-se rapidamente”, afirmou Miguel Matsimbe, um produtor da província de Inhambane.

Por sua vez, João Picar, produtor de Nampula, apontou os desafios na comercialização e a importância do diálogo entre produtores e exportadores, bem como a participação do Governo na análise dos produtos. “Achamos que é importante haver uma negociação entre as duas partes, o produtor e os intervenientes do sector. O Governo incluiu os produtores para a análise dos seus produtos, e isso é muito importante.”

Os produtores salientaram ainda a necessidade de apoio técnico contínuo, melhores práticas de armazenamento e embalagem, e acompanhamento do mercado, de modo a assegurar rendimentos sustentáveis e reduzir perdas durante a conservação da castanha.

(Foto DR)