Presidente da África do Sul nega ter atrasado relatório sobre corrupção

Presidente da África do Sul nega ter atrasado relatório sobre corrupção

A Presidência sul-africana nega qualquer interferência de Cyril Ramaphosa no trabalho da comissão que investigou a captura do estado, durante o consulado de Jacob Zuma, afirmou o gabinete de Cyril Ramaphosa, em comunicado.

O posicionamento da Presidência surge em reposta a alegações, de alguns partidos políticos na oposição, de que Ramaphosa estaria por detrás dos dois adiamentos da entrega do quinto e último volume do relatório da comissão Zondo.

O comunicado distribuído por Pretória visa, “evitar qualquer confusão ou mal-entendido sobre o assunto”.

A Presidência esclarece que até as vinte e três horas do dia 20, (segunda-feira) não tinha recebido qualquer forma de cópia do quinto volume do relatório.

Esta parte do relatório, deveria ter sido entregue ao Presidente no passado dia quinze, mas de acordo com o comunicado, tal não foi possível a pedido da comissão de inquérito.

A Presidência sul-africana diz também que Cyril Ramaphosa não recebeu a cópia electrónica do relatório, na noite de domingo, tal como estava inicialmente previsto.

A nota que temos estado a citar confirma que, na manhã desta segunda-feira, o presidente Ramaphosa e o juiz Zondo falaram via telefone. Na conversa, Zondo teria prometido concluir o relatório, mas não a tempo de entregá-lo na mesma segunda-feira.

A Presidência diz que o relatório só poder ser entregue após a sua conclusão. É daqui que foi marcada, provisoriamente, para esta quarta-feira, a realização da cerimónia de entrega do relatório da comissão que investigou a captura do estado sul-africano.

O próprio juiz Zondo também emitiu um comunicado, esta terça-feira, no qual esclarece que o presidente Ramaphosa nunca interferiu nos trabalhos da comissão.

Vários partidos na oposição, com destaque para a Aliança Democrática, vieram ligar os adiamentos a supostas interferências do presidente Ramaphosa, que está a ser investigado por alegadamente ter ocultado um roubo, na sua fazenda de Phala Phala.

A quinta e última parte do extenso relatório aborda como a captura do estado se fez sentir nos Serviços secretos da África do Sul, na estação de rádio e televisão SABC e como a família Gupta usou indevidamente o Aeroporto militar, localizado em Pretória.

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