“O terrorismo não acabou, porque não tem fórmula. É uma guerra estranha”, disse Nyusi, na República Checa

“O terrorismo não acabou, porque não tem fórmula. É uma guerra estranha”, disse Nyusi, na República Checa

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse, hoje, na República Checa, que o país vai continuar a combater o terrorismo por se tratar de um fenómeno que “não tem fórmula”.

Nyusi falava perante a comunidade moçambicana naquele país europeu a qual explicou a situação actual de segurança dos distritos outrora assaltados por terroristas, nomeadamente Mocímboa da Praia, Palma, Quissanga, Macomia, Muidumbe, e Nangade “onde não ficaram”.

“O terrorismo não acabou. É muito difícil terminar. O terrorismo não tem fórmula. É uma guerra estranha, e eles estão a operar em pequenos grupos. Mas podemos considerar que conseguimos estabilizar a [segurança] em todas as vilas que estavam nas mãos [dos terroristas]. Já estão livres”, disse o Presidente citado pela RM.

Na ocasião, referiu que para Moçambique a acção terrorista era de desconhecimento. O país conhecia outro tipo de guerra, mas, apesar de tudo, a situação está a ser vigiada

“Relativamente ao terrorismo sabem que em 2017 começou, depois evoluiu em 2018, e 2019 e 2020 atingiu o pico, e nós também não conhecíamos o ambiente de guerra desta maneira, porque as guerras são diferentes. Conseguimos fortalecer as nossas forças de defesa e segurança, estão a ser apoiadas pelas forças da SADC, do Ruanda, incluindo a participação activa da força local, maioritariamente constituída por combatentes da Luta de Libertação Nacional”, referiu.

Na ocasião, o PR garantiu a estabilidade de segurança no país decorrente da descativação da base militar da Renamo na serra da Gorongosa, e porque os três poderes Executivo, Legislativo e Judicial estão em pleno funcionamento.

“Houve anos em que praticamente não se podia viajar. Sabe-se que até Junho ainda havia ruídos em torno da paz. Mas na nossa arma principal foi o diálogo que nos conduziu ao fim deste romance duro para os moçambicanos e no dia 15 de Junho, simbolicamente foi-nos entregue a última arma do processo de Desarmamento, Reintegração e Desmobilização. Estamos a trabalhar para ver se pagamos as pensões aos desmobilizados da Renamo”, disse.

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